Fábricas em SP aguardam novo dono e viram alvo de montadoras chinesas
Crises econômicas, covid-19 e mudanças políticas tornaram a última década desafiadora para as montadoras com fábricas no Brasil. Algumas, como Ford e Mercedes-Benz, simplesmente abandonaram a produção nacional de carros, enquanto outras diminuíram as operações. Mas a infraestrutura ociosa seguiu intacta, e marcas chinesas que devem se instalar por aqui se mostram interessadas
Dois exemplos disso se concretizarão ainda em 2025, com a BYD assumindo a antiga planta da Ford, em Camaçari (BA), e a GWM dando a partida na sua linha em Iracemápolis (SP), onde havia a fábrica da Mercedes. Mas também há a GAC Motors, uma outra gigante chinesa que já confirmou sua estreia no país em 2025 e trabalha para definir onde será sua fábrica brasileira.
Segundo UOL Carros apurou, falta pouco para o martelo ser batido, e os executivos da marca estariam divididos entre ‘sobras’ de montadoras tradicionais. A informação também foi reportada por jornais chineses como o Baxi Huaren Wang, que mantém correspondentes de negócios em São Paulo. O portal especificou que a GAC estaria dividida entre a fábrica da Honda, em Sumaré (SP), e da Toyota, em Indaiatuba (SP).
A fábrica da Toyota em Indaiatuba está em processo de desativação, com a empresa concentrando sua linha de montagem na unidade de Sorocaba (SP). Em Sumaré, a Honda fabrica somente peças e motores, e os executivos já declaram anteriormente que a ociosidade da planta em Itirapina (SP), capaz de entregar 120.000 carros por ano, era um problema pendente.
Outra fábrica que atualmente está ociosa é a da Caoa Chery em Jacareí (SP). A unidade foi inaugurada em 2014, quando ainda não havia acordo da Chery com o grupo brasileiro, e tem capacidade de 50.000 carros por ano.